Um sono sem qualidade, que não é descansado e revigorante, prejudica o desenvolvimento físico e intelectual e predispõe a criança ou adolescente para doenças como a hipertensão, a diabetes e a obesidade.
Segundo os especialistas, o tempo que se deve dedicar ao sono varia com a idade – os bebés dormem cerca de 16 horas por dia ou até um pouco mais; por volta dos 5 anos, o recomendável é de 10 a 12 horas diárias e, na adolescência e vida adulta, o ideal será cerca de 7 a 9 horas.
Para uma boa noite de sono, é aconselhável manter uma boa rotina de sono, já que, criando hábitos, o organismo se ajusta e reconhece que é tempo de dormir. Dormir cedo é também importante – o horário ideal para as crianças dormirem é 8 da noite, o que é explicado pelo facto de o principal pico de liberação da hormona do crescimento acontecer por volta da meia-noite, momento em que já deveriam estar no estado de sono profundo.
Além disso, convém evitar as distrações e deixar os ecrãs algum tempo antes do horário de dormir (o impacto visual causado por eles afeta o processo natural do corpo se ir preparando para repousar) e pode até criar ansiedade na criança.
Algo vital na qualidade do sono e que, por vezes, é descurado é manter uma alimentação saudável – alimentos com grande valor nutritivo e de fácil digestão são os mais indicados antes de dormir. Este é, aliás, um dos motivos que mais impacta o sono das crianças e adolescentes: a alimentação inadequada e fora de horas leva-os a ficar mais agitados, irrequietos e irritados, cansados e, por vezes, sonolentos, durante o dia.
Este é um assunto de extrema importância pois a criança privada de sono, que dorme mal, não consegue ter um desenvolvimento máximo da sua atenção e pode apresentar dificuldades de concentração e aprendizagem. Outra consequência que poderá advir disto é o aumento de peso – as células não recuperam energia suficiente e o cérebro necessita dessa energia, procurando comer mais vezes e dando preferência a alimentos calóricos, de energia rápida.